sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fluorescing



Eu precisava de um tema pra escrever, não de uma desculpa. Porque desculpas eu sempre tenho, já que escrever nunca deixa de ser conveniente e uma espécie de válvula de escape. Agora imaginem como anda minha cabeça depois de, o que? Duas semanas sem postar nada? Enfim, muito tempo longe deste lugar, de uma das minhas únicas fontes de desestresse ultimamente.
E bom, voltando ao tema inicial deste post, eu queria um tema. Assuntos não me faltam, pois sempre tenho muitas coisas acontecendo à minha volta. Os detalhes explicativos sobre meu coração(agora sempre no sentido figurado e denotativo ao mesmo tempo), minha rotina corrida, meu ótimo fim de semana na casa da Rita, filmes e por aí vai. Então, se tenho tantos assuntos, como me falta um tema?
A questão é que tema implica na minha letra de inspiração, e essa tem me faltado nos últimos tempos. Porém, depois de pensar e deixar o rio correr sua direção, encontrei uma solução random como a escritora desse humilde blog. Como andei deparando-me muito com a palavra "fluorescente" e derivadados nos últimos tempos(curso de fluorescência, anticorpo fluorescente, passado fluorescente... até as borrachinhas do meu aparelho dentário são fluorescentes, caramba!- o que é horroroso, em minha opinião), resolvi que vou falar acompanhando os versos de
Fluorescent Adolescent, uma excelente obra do Arctic Monkeys.

E não é à toa que escolhi essa banda: música de qualidade, ótimo acompanhamento acústico e letras realmente legais. Andei ouvindo bastante nos últimos tempos e, de fato, prenderam muito minha atenção. Como hoje sinto-me no clima de dar nome aos bois, tenho de agradecer à Keite, minha queridíssima caloura, por me ter feito ouvir essa lindeza. A ela e a todas as outras pessoas que cantaram tanto essa música em especial em tantos momentos diferentes e únicos, tornando a própria música especial.

Porém, voltando ao nosso foco, falemos de minhas semanas. Em primeiro lugar, o coração.
Duas palavras: arritmia ventricular. Esse é o problema que tenho tido nesse meu órgão que bate o tempo todo, só que agora de uma forma meio errada. Foram exames de eletrocardiograma, eco, sangue e mais remédios antiarrítmicos. A coisa foi séria dessa vez, galere. Tão séria que me fez entrar em um ritmo, por mais irônico que soe agora, meio diferente do normal. Pra ser mais exata, não saio há mais de um mês. Bem no estilo
Discarded all the naughty nights for niceness, no caso, gentileza principalmente ao meu pobre coração, o qual clama por uma trégua.

Assim, tendo em vista o fato de que não saio há tanto tempo por causa desse problema de saúde, estou tentando achar formas de me distrair. E digamos que caí num probleminha, I
landed in a very common crisis: tédio. Quer dizer, o tédio nem seria uma palavra tão apropriada, pois tenho tido milhões de coisas pra fazer. Digamos que aquela história de virar gente séria realmente foi séria, então tenho trabalhado de verdade nos últimos tempos. Mas, retomando à história(eu toda hora tenho que retomar tudo que falo, pois minha mente insiste em ser random o tempo todo), eu caí no tédio de não fazer muita coisa interessante que não seja por estudo. Não estava saindo, bebendo, dançando e nem nada parecido. Por semanas. E logo quando eu vinha num ritmo de fazer isso umas três vezes por semana!! Sério, não sei como fui me adaptar a essa vida monástica tão rápida e radicalmente. Acho que tenho uma vocação pra isso. Ou não. Enfim, a coisa agora é me acalmar até que tudo isso se normalize. Citando outra letra do Arctic Monkeys(dessa vez, de Dancing Shoes), "So you're waiting and waiting". I'm waiting.

Contudo, por um lado, ao encarar os fatos antes disso tudo, vejo que realmente andava meio errada, porém disso vocês já sabem. Mas não é como se eu estivesse de todo errada.
Those dreams weren't as daft as they seemed. Ainda tenho planos e sonhos, que por mais que alguns julguem meio inocentes e bobos, eu não concordo. Manterei minhas palavras. Tá, tudo bem, esse parágrafo foi random, mas deixe-me explicar: é que essa música, Fluorescent Adolescent, ela me deixa um pouco nostálgica. E eu me peguei revisando todos os meus planos de antigamente, dessa época louca e desvairada, e todos os pretextos que eu usava para fazer o que eu estava fazendo. E por mais que os atos fossem ruins, os meus sonhos não o eram. Mas enfim, nada prestou porque, nesse caso, os fins não justificaram os meios, já que nem os meios e nem os fins eram bons. I rather just forget it.

Vamos mudar de assunto: falemos de como contornei essa crise nos últimos tempos. Meus leitores, mesmo incapacitada de atividades muito extensas e cansativas, arranjei uma ótima diversão. Uma das que mais gosto de fazer e que há muito tempo eu não fazia, pelo menos mais do que o normal: a arte de não fazer nada na casa da Rita!!! Ai, como foi divertido passar o final de semana na casa da Rita junto com meu amado Renanzinho sem fazer nada que prestasse, mesmo tendo uma pilha de obrigações em casa e na faculdade. Dormimos, comemos e morgamos, no nosso estilo mais clássico, e isso foi totalmente divertido e compensador. Por isso, obrigada, Rita, por ter me proporcionado um dos melhores momentos da minha vida desde que encontrei o cloridrato de sotatol. Amo você, Rita! A você, eu dedico a minha frase de refrão fluorescente: The best you ever had. The best I ever had =)

E voltando ao assunto de minhas atividades, sinto que não seria justo dizer que não fiz absolutamente nada nesse fim de semana divertido. Alto lá, eu assisti filmes! Sim, porque amo gastar meu tempo vendo filmes, uma das minhas atividades favoritas. E eu, enfim, assisti
Dogville. Essa obra aclamada pelos cults e alternativos vale a pena de ser conferida, por isso recomendo a todos. O filme é meio lento no começo, mas depois fica muito legal, te deixa preso e transtornado até o fim. E que fim! É realmente inteligente como o diretor e toda a equipe do filme planejaram a história de uma forma que faz você se indignar consigo mesmo ao final da trama. Por fim, sem mais delongas e spoilers, podem alugar e assistir, é muito bom!

Bom, sinto que era isso que eu tinha pra falar. Mais uma vez, obrigada a todos que têm me acompanhado nessa jornada sóbria e séria e que, mesmo assim, ainda me divertem nisso tudo.
Peço que permaneçam comigo nesse tempo e que me ajudem no propósito de me manter firme nisso. Vejo tempos difícies vindo e temo por algumas coisas e alguns dias em especial, mas não falemos de assuntos que ainda nem se concretizaram.
Eu vou persistir e andar na linha, afinal,
was it a mecca dobber or a betting pencil?

Vocês me conhecem. Ou vão me conhecer melhor aqui com o passar do tempo.
E a Carine ruim, a que desvairou totalmente... bom,
you're not coming back again.

Assim espero.
Boa noite, queridos.

5 comentários:

  1. Já estava sentindo falta dos seus posts, como vc sabe, serei sempre o primeiro a comentar
    Boa noite também nine, se cuida sempre
    é um prazer enorme "te ler"
    ^^

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  2. Que lindo, amor!! Tb te amo e adoro nossas morgações....Vamos combinar que elas tão ficando raras neh?! o.o
    Nos aproximamos de pessoas muito ativas que não sabem apreciar a maravilha de uma boa morgação e longas sessões de filmes...!!!

    O seu medo final..sobre tempos difíceis e dias difíceis em especial...parece ateh a espera de um apocalispse! Nem fala nada!! hahahaha

    beijoos...*amo essa musica

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  3. adoro o que você escreve sempre e, de verdade, sou sua fã.
    sem mais.

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  4. Carine rocks escrevendo. Adoro teu blog. Serio.

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  5. Carine menina, flor do meu dia. Resisti, mas cedi.

    Inté.

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