domingo, 20 de junho de 2010

Devaneios de uma ressaca random

Voltei à minha época. Parece que, afinal, minha vontade de escrever e devanear sobre a minha vidinha chata voltou e, por isso, aqui estou eu. E o que trago? Bom, caro leitor, você não pode esperar que eu tenha mudado todos os meus rumos em 180° nem nada do tipo durante esse tempo, então, em suma, não estou trazendo muitas novidades. Mas e daí, não é? Eu não vim aqui para contar minha vida. Não necessariamente. É mais como se visse junto com o pacote....

E quer saber? (Porque agora eu vou mudar o tom desse post em um elevado grau e não me importo em o quão random isso vai soar...vocês sabem que eu sou assim mesmo).Eu comecei a escrever esse post há algumas semanas e, até então, eu de fato achava que minha vidinha estava estacionada em algum ponto sem graça por aí. Mas não, é claro que em questão de alguns dias eu fui arrumar mais histórias, não é?
Não que eu vá escrever sobre todos os meus dramas de novo ao ritmo de alguma música cult e embriagante: hoje só estou com saco pra simplesmente escrever o que me vier à mente. Foda-se o resto e o que pensam, só quero sair falando mesmo(desculpem-me pela grosseria, mas estou de ressaca).

Aliás, falando em ressaca, alguém aqui quer saber o motivo? Pois não é difícil imaginar, visto que eu estava no churrasco dos calouros ontem. Então, somem 10 horas de festa com gummy’s e cervejas à vontade e vejam o resultado. Quer dizer, não que a bebedeira em si vá ser o problema; o problema é o que a bebedeira te faz fazer.
Sabe, eu sou do tipo que não consegue lembrar de muitas coisas do que fez quando esteve bêbada. A questão é: prefiro nem saber. Mesmo. Porque quando começo a ouvir algumas coisas, nem que sejam apenas pistas de alguns trechos, aquilo já faz revirar meu estômago inteiro em sinal de vergonha, arrependimento e culpa. Então, se você lembra de algo que eu disse ou apenas de algumas frases, peço encarecidamente que esqueça e jogue a lembrança pela janela. Carine agradece.

Mas por que diabos esse mau-humor todo? Bom, eu tenho alguns pontos a serem colocados, alguns deles precisando ser melhor explicados. Digamos que o principal deles seja, além da minha ressaca, o clima ruim que tem se instalado em minha residência. Porque as brigas aqui já vêm sendo mais comuns do que o normal, nem sempre só com a minha irmã em relação às nossas desavenças de espaço, mas também desentendimentos entre os filhos com os pais. Daquele tipo que te faz pensar “Quando vou poder morar sozinha? Porque eu meio que já estou tendo uma vontade disso.”. A última dessas brigas, a qual aconteceu hoje mesmo, gerou como resultado o provável cancelamento da minha viagem de intercâmbio para os EUA. Veja bem, uma coisinha idiota em casa não é motivo pra me fazer perder uma oportunidade que não terei em outras épocas, certo? Especialmente se essa oportunidade é algo tão bom e engrandecedor como um intercâmbio é. Enfim, o que posso dizer é que, se eu de fato permanecer no Brasil durante esse final de ano, aí sim vocês podem esperar uma Carine fora dos padrões e, quem sabe, fora de casa. Então, rezem para que isso não aconteça.

Bom, vamos mudar um pouco de assunto, não é? Porque esse papo mal-humorado e deprimente está meio massante. Então, falemos de romance.
Queridos leitores, creio que dificilmente vocês vão encontrar uma pessoa mais romântica do que eu. E romântica no sentido mais clássico da palavra, que aprecia cada linha de detalhe da construção de um amor, da harmonia entre personalidades. Como boa romântica, também é óbvio que meu livro preferido é Orgulho e Preconceito, o mais belo e bem feito romance já visto e escrito pela talentosa Jane Austen. Porque quem de fato olha e entende a relação entre Mr.Darcy e Miss Bennet, este consegue ver por que o romance deles é tão aclamado. Em minha opinião, o traço mais marcante de seu amor é a completa harmonia do romance, de como se encaixam.

“Elizabeth começou a compreender então que Mr. Darcy era o homem que mais lhe convinha, tanto pelo temperamento como pelas qualidades. O gênio, embora diverso do seu, corres¬pondia a todos os seus desejos. Essa união teria sido vantajosa para ambos. A espontaneidade e a naturalidade de Elizabeth contribuiriam para suavizar o espírito dele, e melhorar-lhe tam¬bém as maneiras. Ela, por sua vez, receberia um benefício ainda maior com a segurança do seu julgamento e a sua experiência do mundo.”

Vê? Eles se completam. Ela é a suavidade e ele a força. Desde os primórdios é assim, e acredito verdadeiramente nesse equilíbrio. Nossa, lanço suspiros só de pensar num amor desses. Acho que talvez por isso eu seja tão fraca quando me vejo diante de uma atitude protetora e firme de um homem másculo(no caso, de preferência alto rsrs, seguindo exemplo de Mr.Darcy). No fundo, o que eu estou procurando é um tipo de Mr.Darcy para mim. Sonhos de uma pobre e inocente garota...

Enfim, meus queridos, não tenho muito mais a declarar. Continuo estudando, vagabundeando, indo à festas, enlouquecendo em algumas, permanecendo séria em outras... haja Deus e amigos pra me segurar!

Pra terminar esse post, aí vai um trecho de Do Me a Favour, do Arctic Monkeys:
“Do me a favour, and tell me to go away. Do me a favour, and stop asking questions. […]Curiosity becomes a heavy load, too heavy to hold, too heavy to hold. Curiosity becomes a heavy load, too heavy to hold, will force you to be cold.”

Pensem e entendam como quiser. Porque para bons entendedores, meia palavra basta. ; )


Boa noite.