terça-feira, 13 de outubro de 2009

The Likely Lads


Uma semana incomum, dias incomuns e, por isso, uma música um tanto incomum. Sabe, eu estive pensando em escrever aqui desde sexta, mas algo me disse que deveria esperar o domingo passar para fazê-lo, e eu não estava errada. De fato, esse final de semana retrasado(porque eu comecei a escrever isso há quase duas semanas) e mais os acréscimos de um feriado me renderam alguns pensamentos que, por mais que não sejam inéditos, não eram muito presentes na minha cabeça há algum tempo.
Para traduzir este pensamento, eu vou usar o nome da música que me serve de inspiração:
What became of the Likely Lads?

Sabe, eu comecei este post dizendo que tinha elementos incomuns e não era mentira. Acho que posso afirmar ser uma pessoa que considera a banda The Libertines muito talentosa e dona de excelentes músicas, mas com certeza não sou alguém que os ouve todos os dias assiduamente. De fato, acho suas melodias deliciosas e muitos ritmos divertidos, mas não é a primeira coisa que ouço ao chegar em casa. Mas então, por que resolvi escolher logo eles para este post? Simples: porque era de What became of the Likely Lads? que eu precisava. E tudo bem, eu queria falar deles sim, pois não deixam de ser banda de qualidade. Mas enfim, comecemos a pensar no que importa mais.

Sabe, não podemos viver sozinhos nesse mundo. Todos nós temos a necessidade de ter alguém que nos acompanhe, que nos divirta, apóie e siga conosco por nossas trilhas. Dentre essas pessoas, estão aqueles que fazem parte da nossa família, e estes possuem um vínculo indelével, o sangue, que os torna presentes na maior parte desses caminhos. Porém, existem aqueles que também participam no curso dessas jornadas e, por vezes, desaparecem e surgem novamente em momentos inesperados por razões e situações diversas. Esses são aqueles que chamamos de amigos, but, please, don't get me wrong, os ligados por sague também são amigos, é claro. Contudo, os amigos que permanecem conosco sem ter a ligação do sangue, esses o fazem por outros motivos que vão além de uma questão de parentesco, tornando essa ligação especial. No todo, precisamos de todo esse conjunto de amizades para seguirmos bem.

Nesse ponto,
we'll call the Likely Lads. Eu tenho os meus Likely Lads. Eu os conheci há relativo pouco tempo, mas acho que todos eles sabem que meus sentimentos para com todos é verdadeiro. Somos um grupo e vemos muitas coisas juntos e compartilhamos vários momentos. Temos uma coleção de frases e marcas, fazemos barulho e nos divertimos e esse é o nosso estilo. We're as thick as thieves, you know! Mas também podemos ser doces e gentis dependendo do caso. E eu sei que quem está lendo isso pensa que conhece um grupo assim ou mesmo, o que eu creio que pode ser a opção mais frequente, faz parte de um grupo de Likely Lads. Todos têm os seus Likely Lads.

Porém, a questão é que, assim como eu tenho os meus Likely Lads agora, eu já os tive também em outras épocas. Eram amigos e companheiros da mesma forma, mas outras pessoas(o que faz toda a diferença) para cada tempo. Pensem comigo: onde e com quem estávamos há três anos atrás? Para alguns, o que fazíamos há um ano atrás, há dez meses atrás? Veja, por uma mera questão de tempo, a qual com certeza envolve uma série de outros fatores, levaram a diversas mudanças dos Likely Lads. O meu companheiro que esteve comigo hoje, pode não ser o mesmo amanhã. A vida passa, o tempo muda e leva muitas coisas com ele e, em alguns casos, até mesmo alguns dos Likely Lads. As mudanças são inevitáveis, precisamos entender. Porém, como não ficar triste ao ver um dos nossos sumir? O que acontece a partir daí?

What became of the Likely Lads?
What became of the dreams we had?
Oh, What became of forever?

Boas perguntas, não? E muitos de vocês talvez estejam perguntando-se por que eu estou falando disso. No todo, o que aconteceu foi que tive algumas madrugadas de conversas com
Likely Lads nas quais ficamos discutindo sobre essas idas e vindas de alguns de nós, de como as coisas mudaram em tão pouco tempo. Tivemos também a oportunidade de nos reunir de novo como há tempos não fazíamos, e é aí que entra a história de como decidimos agir. Foi tão bom conversar com todos eles, rir juntos e cantar o mais alto que conseguíamos. Até mesmo dançamos e gritamos no mar à noite e na chuva! Daí, sinceramente, as respostas para aquelas perguntas acima podem ser mais complicadas do que eu gostaria de explicar, por isso vou simplesmente me focar no que penso poder ser feito.

Em primeiro lugar, não devemos desistir do que julgamos ser importante. So,
If that's important to you, it's important to me. Não quero ver despedaçar o que julgo tão precioso, por isso vou relevar tudo que precisamos para nos manter. Se precisamos conversar, vamos fazê-lo. Se precisamos de tempo, iremos arranjar. Se precisamos de atenção, é nisso que iremos trabalhar. Pois eu posso não saber o suficiente para ter certeza de que consiguirei a proeza do "forever", mas farei o que for preciso para chegar o mais longe possível.

Entretanto, algumas vezes vemos essas pessoas caminhando para longe de nós e os
Likely Lads diminuindo, enquanto a dor da perda só aumenta. Por isso, acho que devo manter ainda mais foco no que deve ser feito, pois não quero ver outro Lad indo embora. Afinal, errar é humano e o destino às vezes arma para que ocorra esses erros. Ah, quem me dera poder dizer "I know exactly what you'd do with all the dreams we had". Se fosse assim, poderíamos nos adiantar para o que quer que viesse a acontecer e corrigir todos os mal-entendidos e afastamentos antes que estes acontecessem. Porém, como eu disse, errar é humano. E se não existisse o imperfeito, não saberíamos sequer reconhecer o perfeito para que assim o valorizássemos. Por isso, não devemos nos deixar abater por coisas bobas as quais podem vir a ser postas em seus devidos lugares.

Farei o que for necessário para nos preservar e seguirmos além e além até onde formos capazes. Para todos os erros,
welcome back, I said. Para todos com quem nos identificamos e então ganharam raízes, seja bem-vindo ao grupo. E àqueles que permanecem na essência, que formam o cerne de todo o conjunto, correram estradas e têm todos os casos para contar, os meus verdadeiros Likely Lads, a esses eu digo we wrote the songs that's filled with dreams we have. E tudo que fizemos sempre será importante para nossa história!

Porque são eles que, quando sentimos a tristeza tomar conta e nos tirar o ar, o repõe e nos ajudam a passar por cima disso tudo. São eles que te fazem voltar à superfície quando está enterrado como a raíz mais profunda. São eles que o divertem mais do que quaisquer outros, eles que vão escrever memórias de todos esses momentos com você. Mesmo que te zoem por vários e vários motivos, mesmo que vocês possuam as maiores diferenças e interesses possíveis, são deles que você mais sente falta.
We'll call the Likely Lads.

Assim, se está lendo isso e acha que errou em alguma hora, volte e refaça. Ou perdôe e retome o que quiser,
then get forgiven in a song. Eu sei o quanto eles são importantes pra mim, por isso vou correr atrás do que for preciso. Eu os amo e vou seguí-los até onde conseguir, pois vejo a necessidade disso.
E àqueles who
doesn't wanna know, I tried to make you see.
Temos os nossos amigos, os colegas e os ligados por sangue, mas também temos os Likely Lads.
Todos são importantes e fazem história, mas os que deixam a marca mais profunda mesmo não fazendo parte da sua família, estes são os
Likely Lads.
E eu sei que você tem os seus
Likely Lads e sente falta deles. Por isso, corra atrás e não deixe esse sentimento esvair, pois eles importam mais para sua vida do que aparenta.
And that's the touch, my lad!

Eu planejo permanecer com eles, rir, brincar e escrever muitas outras histórias. We'll
pipe all summer long! Não interessa como, só quero que estejamos juntos =)

Boa noite,
Lads.

ps.: esse post é dedicado a todos que escreveram memórias comigo durante todos esses anos e foram meus "
Likely Lads", mas escrevo especialmente à Rita, Tainá, Fabio, Ju e Barbara. Amo todos mesmo que acabem comigo toda hora!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fluorescing



Eu precisava de um tema pra escrever, não de uma desculpa. Porque desculpas eu sempre tenho, já que escrever nunca deixa de ser conveniente e uma espécie de válvula de escape. Agora imaginem como anda minha cabeça depois de, o que? Duas semanas sem postar nada? Enfim, muito tempo longe deste lugar, de uma das minhas únicas fontes de desestresse ultimamente.
E bom, voltando ao tema inicial deste post, eu queria um tema. Assuntos não me faltam, pois sempre tenho muitas coisas acontecendo à minha volta. Os detalhes explicativos sobre meu coração(agora sempre no sentido figurado e denotativo ao mesmo tempo), minha rotina corrida, meu ótimo fim de semana na casa da Rita, filmes e por aí vai. Então, se tenho tantos assuntos, como me falta um tema?
A questão é que tema implica na minha letra de inspiração, e essa tem me faltado nos últimos tempos. Porém, depois de pensar e deixar o rio correr sua direção, encontrei uma solução random como a escritora desse humilde blog. Como andei deparando-me muito com a palavra "fluorescente" e derivadados nos últimos tempos(curso de fluorescência, anticorpo fluorescente, passado fluorescente... até as borrachinhas do meu aparelho dentário são fluorescentes, caramba!- o que é horroroso, em minha opinião), resolvi que vou falar acompanhando os versos de
Fluorescent Adolescent, uma excelente obra do Arctic Monkeys.

E não é à toa que escolhi essa banda: música de qualidade, ótimo acompanhamento acústico e letras realmente legais. Andei ouvindo bastante nos últimos tempos e, de fato, prenderam muito minha atenção. Como hoje sinto-me no clima de dar nome aos bois, tenho de agradecer à Keite, minha queridíssima caloura, por me ter feito ouvir essa lindeza. A ela e a todas as outras pessoas que cantaram tanto essa música em especial em tantos momentos diferentes e únicos, tornando a própria música especial.

Porém, voltando ao nosso foco, falemos de minhas semanas. Em primeiro lugar, o coração.
Duas palavras: arritmia ventricular. Esse é o problema que tenho tido nesse meu órgão que bate o tempo todo, só que agora de uma forma meio errada. Foram exames de eletrocardiograma, eco, sangue e mais remédios antiarrítmicos. A coisa foi séria dessa vez, galere. Tão séria que me fez entrar em um ritmo, por mais irônico que soe agora, meio diferente do normal. Pra ser mais exata, não saio há mais de um mês. Bem no estilo
Discarded all the naughty nights for niceness, no caso, gentileza principalmente ao meu pobre coração, o qual clama por uma trégua.

Assim, tendo em vista o fato de que não saio há tanto tempo por causa desse problema de saúde, estou tentando achar formas de me distrair. E digamos que caí num probleminha, I
landed in a very common crisis: tédio. Quer dizer, o tédio nem seria uma palavra tão apropriada, pois tenho tido milhões de coisas pra fazer. Digamos que aquela história de virar gente séria realmente foi séria, então tenho trabalhado de verdade nos últimos tempos. Mas, retomando à história(eu toda hora tenho que retomar tudo que falo, pois minha mente insiste em ser random o tempo todo), eu caí no tédio de não fazer muita coisa interessante que não seja por estudo. Não estava saindo, bebendo, dançando e nem nada parecido. Por semanas. E logo quando eu vinha num ritmo de fazer isso umas três vezes por semana!! Sério, não sei como fui me adaptar a essa vida monástica tão rápida e radicalmente. Acho que tenho uma vocação pra isso. Ou não. Enfim, a coisa agora é me acalmar até que tudo isso se normalize. Citando outra letra do Arctic Monkeys(dessa vez, de Dancing Shoes), "So you're waiting and waiting". I'm waiting.

Contudo, por um lado, ao encarar os fatos antes disso tudo, vejo que realmente andava meio errada, porém disso vocês já sabem. Mas não é como se eu estivesse de todo errada.
Those dreams weren't as daft as they seemed. Ainda tenho planos e sonhos, que por mais que alguns julguem meio inocentes e bobos, eu não concordo. Manterei minhas palavras. Tá, tudo bem, esse parágrafo foi random, mas deixe-me explicar: é que essa música, Fluorescent Adolescent, ela me deixa um pouco nostálgica. E eu me peguei revisando todos os meus planos de antigamente, dessa época louca e desvairada, e todos os pretextos que eu usava para fazer o que eu estava fazendo. E por mais que os atos fossem ruins, os meus sonhos não o eram. Mas enfim, nada prestou porque, nesse caso, os fins não justificaram os meios, já que nem os meios e nem os fins eram bons. I rather just forget it.

Vamos mudar de assunto: falemos de como contornei essa crise nos últimos tempos. Meus leitores, mesmo incapacitada de atividades muito extensas e cansativas, arranjei uma ótima diversão. Uma das que mais gosto de fazer e que há muito tempo eu não fazia, pelo menos mais do que o normal: a arte de não fazer nada na casa da Rita!!! Ai, como foi divertido passar o final de semana na casa da Rita junto com meu amado Renanzinho sem fazer nada que prestasse, mesmo tendo uma pilha de obrigações em casa e na faculdade. Dormimos, comemos e morgamos, no nosso estilo mais clássico, e isso foi totalmente divertido e compensador. Por isso, obrigada, Rita, por ter me proporcionado um dos melhores momentos da minha vida desde que encontrei o cloridrato de sotatol. Amo você, Rita! A você, eu dedico a minha frase de refrão fluorescente: The best you ever had. The best I ever had =)

E voltando ao assunto de minhas atividades, sinto que não seria justo dizer que não fiz absolutamente nada nesse fim de semana divertido. Alto lá, eu assisti filmes! Sim, porque amo gastar meu tempo vendo filmes, uma das minhas atividades favoritas. E eu, enfim, assisti
Dogville. Essa obra aclamada pelos cults e alternativos vale a pena de ser conferida, por isso recomendo a todos. O filme é meio lento no começo, mas depois fica muito legal, te deixa preso e transtornado até o fim. E que fim! É realmente inteligente como o diretor e toda a equipe do filme planejaram a história de uma forma que faz você se indignar consigo mesmo ao final da trama. Por fim, sem mais delongas e spoilers, podem alugar e assistir, é muito bom!

Bom, sinto que era isso que eu tinha pra falar. Mais uma vez, obrigada a todos que têm me acompanhado nessa jornada sóbria e séria e que, mesmo assim, ainda me divertem nisso tudo.
Peço que permaneçam comigo nesse tempo e que me ajudem no propósito de me manter firme nisso. Vejo tempos difícies vindo e temo por algumas coisas e alguns dias em especial, mas não falemos de assuntos que ainda nem se concretizaram.
Eu vou persistir e andar na linha, afinal,
was it a mecca dobber or a betting pencil?

Vocês me conhecem. Ou vão me conhecer melhor aqui com o passar do tempo.
E a Carine ruim, a que desvairou totalmente... bom,
you're not coming back again.

Assim espero.
Boa noite, queridos.